domingo, 8 de março de 2009

Enviar para amigos Comentar "Subi mais um degrau na profissão", diz Fernanda de Freitas

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Há tempos Fernanda de Freitas esperava uma oportunidade diferente na tevê. E ela veio com a centrada Antonella, de Negócio da China. Até encarnar a atual personagem, a atriz colecionava papéis de "lolitas" e não via a hora de ganhar um papel mais próximo de sua realidade.

Aos 29 anos e bem mais contida que os tipos que a marcaram - como a aventureira Lolô, de Coração de Estudante, e a espevitada Leila, de Pé na Jaca -, Fernanda acredita que superou o estigma de ser conhecida como a "menina que parece a Deborah Secco". "Acho que subi mais um degrau na profissão", avalia, confiante.

A sensação de dever cumprido, que sente às vésperas do término da novela, em nada lembra o misto de euforia e medo que marcou o chamado para a trama de Miguel Falabella.

Na época, Fernanda se preocupou com o fato de estar comprometida com o espetáculo Ensina-me a Viver, que encena com Glória Menezes e Arlindo Lopes. E, por se tratar de sua estréia nos palcos, não pensava em largar a produção. Mas, ao mesmo tempo, sabia que não deveria recusar o que chama de sua primeira "co-protagonista" em um folhetim.

"Respirei aliviada quando o diretor Mauro Mendonça Filho me disse que um dos fatores para a escolha do meu nome foi o meu desempenho com a peça", lembra. Com isso, foi fácil contar com a ajuda da equipe para conciliar os dois trabalhos.

No início da trama, Antonella conhecia o indeciso Diego, de Tiago Fragoso, e se apaixonava. Mas, como o rapaz era namorado da aspirante a modelo Celeste, de Juliana Didone, Fernanda chegou a imaginar que sua participação na novela fosse ganhar doses de maldades. "Enxerguei uma situação de antagonista para minha personagem, mas a situação se inverteu com o passar dos capítulos", constata.

Às vésperas do "final feliz" dos pombinhos, a atriz reconhece que as mudanças de rumo que a novela enfrentou abriram espaço para esse desfecho. "Com a saída do Fábio Assunção, a trama central ficou carente de um triângulo amoroso. O Miguel explorou mais nossos conflitos", observa.

Por se tratar de sua primeira personagem madura na tevê, Fernanda pôde, enfim, aproveitar suas experiências pessoais na composição da personagem. E isso não quer dizer que sejam só da fase adulta da atriz. Os 22 anos de experiência que tem com o balé clássico ajudaram a moldar a postura que Fernanda usa em cena.

"O melhor foi que deixei para trás todos os trejeitos utilizados nos meus outros papéis. Tive a chance de mostrar ao público um lado meu até então não explorado na tevê", analisa.

Contratada da Globo até 2011, Fernanda não sabe se a emissora já tem planos para ela. Mas espera poder viajar com o espetáculo Ensina-me a Viver e o infantil A Ver Estrelas, sua primeira produção teatral.

"Já fiz quatro filmes e muitos personagens na tevê. Agora é o momento de me reciclar com o teatro", filosofa. E, se possível, espera que sua próxima aparição em folhetins também tenha uma carga dramática. "Até a Antonella, todas as meninas que encarnei nas novelas eram cômicas. Gostei de mostrar que posso me aventurar em outros gêneros", justifica.

Sonho infantil
A carreira artística de Fernanda de Freitas começou com a realização de uma vontade que a atriz tinha desde pequena: trabalhar com a apresentadora Xuxa. E aconteceu quando ela menos esperava, já que não tinha mais idade para disputar uma vaga como paquita.

Na época em que a "rainha dos baixinhos" comandava o juvenil Planeta Xuxa, a diretora Marlene Mattos abriu concurso para escolher 12 meninas que representariam, cada uma, um signo.

Fernanda foi chamada para um teste depois de mandar mais de 200 cartas. "Na época foram seis mil candidatas. Acabaram escolhendo quatro meninas além do planejado", recorda.

O posto de Garota do Zodíaco durou apenas um ano, entre 2000 e 2001, e foi suficiente para que a jovem começasse a estudar Teatro. Já no final do mesmo ano, Fernanda quase garantiu uma vaga na tevê.

A atriz ia entrar na temporada de Malhação de 2002, mas acabou perdendo o papel.

Quatro meses depois, Ricardo Waddington a convidou para uma participação de dois meses na novela Coração de Estudante. "No final, tudo aconteceu no tempo certo. Paro e olho para o meu passado e sinto que trilhei meu caminho da melhor forma possível", analisa.

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